A FolioSet relacionou o Design e a história do livro através dos séculos focando em sua evolução, estética e forma para entender melhor como um objeto presente em nosso cotidiano de forma tão simples pode também ser complexo, arrojado e revolucionário em todos os âmbitos de sua existência.

Literatura enquadrada


Literatura enquadrada



 

Nesse post vamos falar do que talvez seja uma das maiores mudanças no ramo literário. Muitos já devem ter ouvido a expressão até um tanto preconceituosa que diz: “lugar de revista em quadrinho é na banca de jornal”, porem mais do que nunca a revista em quadrinho ganhou espaço, cresceu com seu público e hoje abrange de Ziraldo a Shakespeare.
Sim, até a Mônica cresceu, ganhou versão jovem, mudou seus hábitos e interesses, porque o leitor de suas histórias não poderia mudar? Esta é a pergunta maior desse post e a resposta é que o leitor não só pode mudar como mudou e com isso criou um novo nicho no mercado, pois ao perceber o sucesso que essa parceria entre literatura e quadrinhos poderia representa fomos recebidos por uma enchurrada de de títulos clássicos aquadrinhados como: Shakespeare, Kafka e Homero.
O Brasil assim como a França e outros países da Europa percebeu rapidamente que o cliente desses títulos em quadrinhos era um nicho exigente do mercado e a partir disso mudou o conceito e passou a edições de ótima qualidade gráfica algumas vezes chegando a capa dura e papel especial. Oque em terras tupiniquins ainda é difícil de se ver é extremamente comum aos leitores franceses por exemplo que se deparam a todo momento com as ditas “edições deluxe” aqui no Brasil. Os BDs (bande desiné) franceses são extremamente trabalhados até mesmo quando vendidos em banca de jornal ou Sebos, eles possuem papel de alta qualidade e impressão extremamente elaborada. Por lá clássicos franceses como TinTin e Asterix são vendidos a valores razoáveis e beleza gráfica apurada, mas se você acha que somente os livros estão aderindo aos quadrihos se engana, o caminho contrário passou a ser tomado há algum tempo atrás em países como: Japão Coréia e até mesmo no Brasil. Mangas (quadrinhos japoneses) e manghwas (quadrinhos coreanos) foram novelizados, abandonaram os quadrinhos e chamaram seus fãs (extremamente fiéis) tanto no Oriente como no Ocidente a acompanharem histórias inéditas em formato tradicional. Títulos como o japonês “Death Note” manga de sucesso nos anos 90 no Japão e dinal da primeira década dos anos 2000 por aqui trouxe recentemente dois romances ao Brasil e teve grande aceitação devido ao apelo dos tempos de quadrinho, o mesmo acontece com o título “Tarot Café” , que mesmo menos conhecido por aqui conseguiu que os fãs aguardassem quase três anos pelo processo de adequação do romance ao nosso idioma, ou seja, os quadrinhos são sucesso tanto nas páginas repleta de GRIDs onomatopéias como nas linhas elegantes e tradicionais.

Conheça abaixo mais títulos que receberam versão em quadrinhos ou foram novelizados: